Padre Augusti definiu 1968 como o ano maldito, o ano do AI-5. (Em Botucatu, padres e estudantes atropelados). 

João Fernando (debotuca)

O lançamento do livro “A Igreja no Cárcere” com os escritos do Padre José Eduardo Augusti (in memoriam), que estava marcado para o próximo dia 25 de setembro, no Centro Cultural de Botucatu, foi adiado para uma nova data ainda a ser informada.

A informação é do presidente do Centro Cultural, o historiador João Carlos Figueiroa, que alegou falta de tempo suficiente para articular o lançamento do livro com os diversos setores que fazem parte do universo da obra.

Para informar: O livro já foi lançado em São Paulo e pode ser adquirido pela livraria Loyola, como informa o Portal da UNESP

O livro.

A publicação apresenta o diário escrito pelo religioso quando esteve preso no Presídio Tiradentes e no Departamento Estadual de Ordem Política e Social – Deops/SP (também conhecido como DOPS), hoje Memorial da Resistência e Estação Pinacoteca.

Capelão da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas em Botucatu (hoje Universidade Estadual Paulista – Unesp), o padre Augusti foi preso em julho de 1968 por apoiar uma greve dos estudantes e professores dessa faculdade. Ficou aprisionado no Deops/SP, onde foi barbaramente torturado, e depois transferido para o Presídio Tiradentes, onde cumpriu pena. Na prisão, o padre compartilhou experiências de solidariedade e fé junto com padres dominicanos e outros presos – políticos e comuns.

Além do diário de Padre Augusti, o livro apresenta crônicas, artigos e cartas a Dom Agnelo Rossi e a Dom Paulo Evaristo Arns, escritos nos períodos em que esteve preso. Organizado por Attilio Brunacci, colega de seminário do religioso, o livro constitui um importante documento para a história religiosa e política da Igreja Católica.

A obra estará à venda por R$ 40 (quarenta reais), pela Livraria Loyola. A venda não tem fins lucrativos e os valores arrecadados serão revertidos para os custos com a edição.

Com informações  do Portal da UNESP.