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18/08/2017
Aluno da UNESP é premiado por analisar efeitos de drogas contra o câncer


Giordano Seco, aluno de pós-graduação em Genética, ao lado do orientador, Dr. José Luiz Rybarczyk-Filho - divulgação 
 
Pós-graduando do IB foi um dos destaques em Reunião da Sociedade Brasileira de Bioquímica
 
Mais um aluno do Instituto de Biociências (IB) da Unesp, campus Botucatu, é reconhecido por seu trabalho em um tradicional evento científico. Desta vez, o mestrando Giordano Bruno Sanches Seco, de 24 anos, do programa de pós-graduação em Ciências Biológicas (Genética), foi premiado como melhor pôster, na categoria "Ômicas", na 46ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular, realizada em Águas de Lindóia, de 27 a 30 de julho passado.
 
O trabalho apresentado, “Avaliação de Antineoplásicos do Projeto Toxicogenômico Japonês: Diferenças de Experimentos In Vitro e In Vivo", está centrado em verificar as diferenças na realização de análises de grupo de drogas utilizado ao tratamento de câncer [ciclofosfamida, etopósido e lomustina]. O objetivo desta premiada pesquisa é avaliar se as drogas demostram os mesmos efeitos em tecidos isolados e no organismo como um todo.
 
O Projeto Toxicogenômico Japonês foi criado em 2002, envolveu 17 empresas farmacêuticas e 131 drogas testadas em fígados e rins de humanos (in vitro) e rattus norvegicus (in vivo) e (in vitro). Os dados obtidos foram disponibilizados na sua maioria somente para o fígado, órgão que serviu como base a todas as análises feitas pelo aluno do IB.
 
Base para a indústria farmacêutica
 
Apesar de ainda serem embrionários, os testes feitos por Seco podem futuramente servir de base para o melhoramento de outras drogas testadas, bem como suas respectivas dosagens. Conforme explica o Prof. Dr. José Luiz Rybarczyk-Filho, do Departamento de Física e Biofísica do IB, orientador do pós-graduando, as empresas farmacêuticas testam as drogas com diferentes dosagens antes de ir para o mercado.
 
No primeiro momento são testadas amostras em tecidos isolados, seja em um animal ou humano. Depois num modelo animal, e em seguida, apenas em humanos. Caso a droga se mostre tóxica, a mesma não irá para o mercado. Os resultados realizados dentro do Instituto de Biociências sugerem que existe grande similaridade entre os estudos in vitro, do homem e do rato. Notou-se também que, em geral, os processos biológicos encontrados na comparação “homem e ratos” têm relação com o mecanismo de ação da droga.
 
“O etopósido, por exemplo, que age como um inibidor da topoisomerase (enzima), apresentou processos biológicos envolvidos com a divisão e replicação celular, além da conformação do DNA em ambos os métodos testados. Mais interessante ainda é que alguns processos biológicos são comuns a ambos os métodos na comparação homem e rato. Mesmo com métodos, que se utilizam de abordagens muito diferentes, para determinar processos biológicos alterados”, enfatiza Rybarczyk.
 
“Estudos como esse podem ser de grande interesse no desenvolvimento de remédios para o tratamento de câncer, pois podem determinar quais processos biológicos se mostram mais alterados em estudos in vitro. E juntamente com o conhecimento de como traduzir esses resultados para estudos in vivo, seria possível gerar diminuição no número de hipóteses a serem testadas no desenvolvimento de uma droga, o que acarreta em menos animais sacrificados e diminuição de custos”, complementa o professor.
 
 
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