João Fernando (debotuca) Foto Flávio da Silva.
No folclore político de Botucatu consta uma célebre frase atribuída ao ex-vereador Progresso Garcia, militante do então MDB (Movimento Democrático Brasileiro): “Em política só não vi boi voar”.
Pois é Progressinho (como era conhecido), onde você estiver, saiba que nesta noite de 13 de outubro o boi voou na Câmara Municipal de Botucatu.
Estava em análise, em segunda votação, o projeto oriundo do poder executivo para autorizar o município a vender o prédio onde hoje funciona a Guarda Mirim de Botucatu. Prédio fica em frente da Matriz de São Benedito, ao lado da Escola Rafael de Moura Campos.
Na primeira votação, como 4 vereadores votaram contra, o projeto foi rejeitado por não alcançar o quórum de 2/3 necessário para a aprovação. Votaram contra a vereadora Rose Ielo (PT), os vereadores Carlos Trigo (PT), Lelo Pagani (REDE) e Reinaldinho (PR).
Tudo levava a crer que o projeto seria definitivamente rejeitado nessa reunião do dia 13 de outubro, ainda mais levando se em conta que dois vereadores do PSDB estavam ausentes do plenário.
O presidente da casa, o vereador Curumim e o vereador Fontão, que acompanharam o prefeito municipal na assinatura do protocolo de duplicação da rodovia Gastão Dal Farra, acesso aos bairros do Setor Sul da cidade.
Por curiosidade, qual seria o interesse público de vereadores acompanharem assinatura de atos do poder executivo?
Mas já estava tudo armado. O vereador Fernando Carmoni (PSDB) pediu adiamento da votação por 30 sessões, Segundo o vereador, para melhores estudos, o que adia a decisão para junho de 2016.
Comprando desgaste.
O que ninguém consegue entender é a insistência do poder executivo em vender o imóvel, contrariando a opinião da maioria das pessoas.
Tiro no pé.
Entretanto, a aparente vitória do executivo, garantida pelos seus “soldados” na Câmara, vai ter um preço alto para o prefeito. A pauta estará trancada e nenhum projeto oriundo da prefeitura poderá ser apreciado, em sessão ordinária, enquanto não for votado o projeto sobre a venda do prédio da Guarda Mirim.
Levando se em conta o recesso parlamentar, de final e começo de ano, o projeto só deve ser analisado por volta do mês de junho de 2016.