Infestação do mosquito da dengue é maior na região Leste e gera sinal de alerta à Vigilância Ambiental
Saúde Ambiental (PMB)
A VAS realizou ao longo deste mês de outubro mais um Levantamento de Índice Rápido de Infestação para Aedes aegypti (LIRAa), atividade que avalia a infestação do mosquito transmissor da dengue no Município em sua fase larvária além de identificar quais são os principais recipientes que estão se tornando criadouros destes insetos nos domicílios.
O resultado geral em Botucatu foi que 0,8% dos 2.800 imóveis trabalhados estavam com larvas de Aedes aegypti, índice considerado satisfatório. De acordo com a Organização Mundial da Saúde a classificação é determinada da seguinte maneira: 0 a 1% dos imóveis com larvas positivas - satisfatório; 1,1% a 3,9% sinal de alerta; acima de 3,9% - risco de epidemia.
Mas o que preocupa a VAS é a análise dos dados por região, que aponta que 2,1% dos 760 imóveis trabalhados da região Leste estavam com larvas do mosquito transmissor da dengue. Com base nestes dados, a VAS intensificará as ações de controle do Aedes aegypti nos meses de novembro e dezembro nesta região.
As demais regiões apresentaram os seguintes índices: Norte [0,4%]; Sul [0,7%]; e Central/Oeste [0,3%]. Em outubro de 2014, o LIRAa apontou que 0,8% dos 709 imóveis trabalhados da região Leste eram positivos. Porém este índice, em janeiro de 2015, assim como em outras regiões, já era quatro vezes maior, o que facilitou a epidemia da doença.
Vale lembrar que a região Leste concentrou somente neste ano 276 casos positivos de dengue. Esse montante representa 42,01% do total de 657 casos autóctones, ou seja, quando a transmissão ocorre dentro do próprio Município [Botucatu contabilizou outros 70 casos importados da doença em 2015].
Mais de 63 mil visitas
Para manter o controle da doença, a Vigilância Ambiental de Botucatu tem buscado conscientizar a população sobre a importância de continuar atenta a simples hábitos dentro de casa para que o mosquito da dengue não se prolifere. Basta não deixar recipientes com água parada, sem a manutenção adequada, pois estes se tornarão criadouros de mosquitos.
Somente neste ano, a VAS AS realizou mais de 63,7 mil visitas para o controle do mosquito transmissor da dengue. E apesar do crescente número de casos de dengue em todo o Brasil, Botucatu nunca registrou óbito relacionado à dengue.
“A notificação de casos suspeitos é outra ferramenta essencial para evitar a epidemia de dengue. Portanto orientamos a população que, ao surgimento de quaisquer sintomas característicos da doença, como febre alta, dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, dores musculares e nas articulações, deve-se procurar atendimento médico, pois se houver a suspeita o caso será notificado e as ações para evitar a transmissão serão desencadeadas”, atenta Valdinei Moraes Campanucci da Silva, supervisor de Serviços de Saúde Ambiental e Animal da VAS.
Sobre a dengue
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda que pode ter manifestações assintomáticas até quadros graves e fatais. Ela é causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), ocorrendo principalmente nos países tropicais, onde as condições são favoráveis à proliferação do seu vetor: o Aedes aegypti.
O vírus da dengue possui quatro sorotipos: Denv 1, Denv 2, Denv 3 e Denv 4. Estes quatro sorotipos já circulam no Brasil. Desde 1990, quando se estabeleceu a transmissão de dengue no Estado de São Paulo, o padrão epidemiológico da doença tem apresentado períodos de baixa transmissão intercalada com a ocorrência de epidemias, estas geralmente associadas à introdução de novo sorotipo ou à alteração do sorotipo predominante.
Ao apresentar qualquer sintoma característico da dengue como febre alta, dor de cabeça, no fundo dos olhos ou nas articulações, a pessoa deve procurar atendimento médico imediatamente. Em caso de suspeita de dengue a Secretaria Municipal da Saúde, através da VAS, iniciará todas as atividades necessárias para evitar a transmissão da doença no Município.
Dicas de combate ao mosquito e focos de larvas
• Manter a caixa d’água sempre fechada e vedada adequadamente
• Limpar periodicamente as calhas da casa
• Não deixar acumular água sobre lajes, imperfeições do piso e recipientes
• Lavar, com escova e sabão, a parte interna e borda de recipientes que possam acumular água (ex: bebedouros de animais)
• Não expor recipientes à chuva, deixando eles sempre em lugares cobertos e de cabeça para baixo
• Jogar desinfetante, detergente ou sabão em pó em ralos pouco utilizados
• Não deixar acumular água nos pratos dos vasos de plantas
Serviço
Vigilância Ambiental em Saúde
Telefones (14) 3813-5055 / 150
Horário de atendimento: segunda a sexta-feira - das 7 horas às 16h30