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11/11/2022
Aluna da Engenharia Florestal inicia carreira na música, valorizando temas ambientais


Das salas de aula para os palcos
 
Usar a música como uma ferramenta para colaborar na educação ambiental das pessoas, a partir dos conhecimentos recebidos na Faculdade. De maneira resumida, esse é o caminho que começa a ser trilhado por Rafaella Ferreira Cicarelli, aluna do quinto ano de graduação em Engenharia Florestal da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, câmpus de Botucatu.
 
Com o nome artístico de McCicca, Rafaela já atua com vigor no meio musical e cultural de Botucatu e está concorrendo com sua composição “Trap da Floresta” ao 1º Prêmio Nacional Comover Naturezas Compositoras 2022, que tem como objetivo criar novas oportunidades de atuação para as mulheres no setor da música.
 
De abrangência nacional, a premiação visa revelar ao público novas expressões artísticas, incentivar a expansão das mulheres no campo das
composições musicais, e assim contribuir com o alcance da igualdade de
gênero conforme o objetivo de desenvolvimento sustentável da Agenda
2030 proposta pela ONU (ODS 5), que discorre acerca da igualdade de
gênero em todas as áreas da sociedade.
 
“O Trap da Floresta” está pré-selecionado para concorrer nas categorias Melhor Composição, selecionado pela comissão julgadora do evento, e Júri Popular, que premiará o vídeo com maior número de curtidas até o dia 05 de dezembro. “Fiquei sabendo desse evento e simpatizei com a proposta.  Como futura engenheira florestal, me vi na obrigação de participar desse concurso trazendo um pouco da questão ambiental por meio da minha arte, que é o hip hop”.
 
Paulistana, Rafaella tem contato com manifestações artísticas desde a
infância. Cantou no coral da igreja, aprendeu a tocar flauta, desenvolveu o gosto pela escrita e pela dança e, desde os 14 anos, compor canções.
 
Ao se mudar para Botucatu para cursar Engenharia Florestal na FCA,
Rafaella conheceu o trabalho do coletivo Arte de Rua e se aproximou do
movimento hip hop em Botucatu, inicialmente pelo caminho da dança. A
imersão no universo do hip hop fez com que ela resolvesse levar seus
versos para o centro do palco, experimentando a função de MC, em
batalhas de rimas e apresentações de modo geral. “A ideia de trabalhar
com arte e cultura veio a partir do contato com os movimentos culturais de Botucatu. A aproximação com os artistas daqui me inspirou a cantar”.
 
Junto com outras mulheres artista de hip hop de Botucatu criou um
movimento chamado Batalha da Cuesta, coletivo independente que já teve projetos aprovados em editais públicos de cultura. A partir de 2021
iniciou sua carreira profissional como rapper e vem tentando agregar sua arte à formação acadêmica. “Estou em busca de caminhos em que eu possa conciliar a Engenharia Florestal e a música. Tenho pesquisado sobre a possibilidade de fazer mestrado em programas que ofereçam linhas de pesquisa que envolvam cultura, sociedade e música”.
 
Quando começou a cantar, os temas de suas composições eram mais
relacionados à sua vida cotidiana. O destaque para temas ambientais
veio num segundo momento. “Eu sempre compus sobre histórias que vivi e reflexões que tenho. Comecei a escrever focada no meio ambiente a
partir desse concurso do Prêmio Nacional Comover. Alguns colegas me
incentivaram a escrever poesias ambientais. Eu já tinha poesias de cunho social, mas esse concurso abriu minha visão para que eu possa conciliar essa visão ambiental com a música”.
 
Compor o “Trap da Floresta” e preparar o vídeo para participar do Prêmio foi um desafio grande, mas enfrentado com muito prazer e a ajuda de bons amigos. “É um trabalho no qual me empenhei por cerca de quatro meses, com uma equipe de sete pessoas que participaram com ideias e com o trabalho de gravação, produção do clipe, etc”. Rafaella escreveu a letra a partir das bases instrumentais feitas pelo beat maker Neto, de São Paulo. Na produção do clipe contou com a colaboração da fotógrafa Ana Luiza Santi. O designer Vinicius Coneglian fez a parte gráfica do trabalho.
 
Ela revela que os conhecimentos científicos foram muito importantes para a composição. “Tudo que foi abordado na canção, inclusive os objetivos de desenvolvimento sustentável, foi aprendido aqui na faculdade. Por isso, fiquei muito feliz por conseguir colocar esse conhecimento em forma de música”. Na FCA, Rafaella participou de iniciativas como o Projeto Trilha e Projeto Kayru. Segundo ela, o “Trap da Floresta” é resultado de toda essa vivência que teve nesses cinco anos, como aluna e como artista. “Por mais que eu venha de São Paulo, sinto que me desenvolvi como artista e como ser humano aqui em Botucatu, por conta do contato com os artistas da cidade e dos projetos de extensão da Faculdade. Hoje eu consigo enxergar como os serviços ecossistêmicos influenciam a arte”.
 
Além do concurso, Rafaella segue trabalhando com cultura em diversas
frentes. Ela criou uma empresa de produção cultural sustentável, com o
objetivo é trabalhar a produção artística e os conceitos da educação
ambiental e antirracista. Escreve poemas convencionais e slams (estilo
de poesia falada que traz questões da atualidade para o debate) que já
estão publicados num site chamado Recanto das Letras. Também pensa em publicar um livro com suas poesias e outro contando sua vivência no
meio do hip hop em Botucatu. Em escolas da cidade, Já ministrou oficinas de poesia, slam e uso das redes sociais e também participou como assistente em outras produções artísticas.
 
Atualmente, trabalha na produção de um álbum musical e está se preparando para montar seu próprio estúdio. “Quero fazer minhas
captações de voz, produzir meus beats e produzir outros artistas
independentes, fazendo um trabalho social com pessoas que não têm
condições de pagar por um estúdio de gravação”. Nessa empreitada, o
designer Vinícius Coneglian, que gerencia sua carreira, também é parceiro.
 
Rafaella, que já foi tema de reportagem da revista on-line Vuvuzela,
participará também do Festival Ibero-americano de Cultura pela Paz,
que acontece em Botucatu, no dia 26 de novembro. Na entrevista à
Vuvuzela, ela resume seus objetivos: “Eu acredito que através da minha
música eu posso tornar o mundo um lugar melhor, tenho visto isso a cada dia que vivencio a minha arte, com o depoimento de pessoas que se
sentiram tocadas por ela, por momentos únicos que eu pude proporcionar
aos meus amigos e a toda rede de apoio que também faz parte desse
sonho junto comigo”.
 
Para conhecer mais:
 
Confira o videoclipe de “Trap da Floresta”, gravado na Fazenda
Experimental Lageado
 
Facebook: Rafaella Cicarelli
 
Instagram: Cinderela do Gueto ou @mccicca_
 
Youtube: Mc Cicca
 

Da Assessoria - FMVZ
 



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