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25/10/2017
IB/Unesp reúne alunos, docentes e funcionários, de hoje e de ontem, para um café com...


Ao completar 53 anos de atividades, IB/Unesp reúne alunos, docentes e funcionários, de hoje e de ontem, para um "café com história".
 
Cerimônia deu início a um resgate da história do Instituto, que se transformará em livro nas versões impressa e digital
 
 
Era início de 1964. O Brasil estava embrenhado em turbulências políticas que culminaram em um golpe de Estado, um fato que ficaria para sempre na história do país ao encerrar o mandato de um presidente democraticamente eleito. Foi esse cenário que marcou o começo do ano letivo da primeira turma do curso de Ciências Biológicas do Instituto de Biociências, ligado à então Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (FCMBB).
 
Ao completar 53 anos, o então embrionário curso “Ciências Biológicas”, hoje Instituto de Biociências da Unesp (IB) – câmpus Botucatu, cresceu para 5 cursos de graduação e sete programas de Pós-Graduação, tudo conectado a uma vasta rede de laboratórios e projetos de pesquisa e extensão em plena atividade. Para comemorar a data, a Diretoria do IB promoveu um café da manhã que reuniu alunos, docentes e funcionários que estão na ativa, além de outros que fizeram parte da trajetória do Instituto.
 
Um dos personagens que fizeram parte da história do IB foi o professor Luis Antônio Toledo, aluno da primeira turma do Curso de Ciências Biológicas. Ele chegou a Botucatu em 1965 e se lembra de ter encontrado o embrião do que viria a ser a Unesp ainda em fase de gestação. “Todas as nossas atividades eram concentradas no prédio onde hoje funciona o Hospital das Clínicas. Não havia salas de aulas e uma ou outra sala de professores. Mas era muito divertido, pois convivíamos todos juntos: alunos da Medicina, Veterinária, Agronomia e Biologia. Entendo que essa união é que deveríamos tentar resgatar, mas sei que não é uma tarefa fácil”, comentou.
 
Toledo também destaca que, com o crescimento da Unesp, o IB, que antes se resumia a um curso (Ciências Biológicas), passou a ter uma grande importância. “Espero que a Universidade possa continuar melhorando, embora os recursos sejam escassos. Acredito que, a partir da formação de alunos e professores que buscam apoio financeiro junto as instituições de pesquisa, podemos manter o nosso nível”, observou.
 
Outro personagem que teve participação decisiva na história do IB, a professora emérita Edy de Lello Montenegro, responsável por implantar a disciplina de Citologia em 1963, também esteve presente no café da manhã em comemoração ao aniversário do Instituto. “O IB, em seus primórdios, se chamava Setor Básico. E era muito interessante, pois alunos de Veterinária, Medicina, Agronomia, Biologia, estudavam todos juntos, na mesma sala. Me lembro de uma passagem, quando um professor de Estatística, que era de Ribeirão Preto, sugeriu que os alunos estudantes imaginassem a seguinte situação: 400 pés, sendo que os médicos deveriam imaginar pés de homens, os veterinários, patas de boi, e os agrônomos, pés de café (risos). Era uma interação e um entrosamento muito interessante entre os setores Básico e Aplicado. Estávamos acostumados a discutir, juntos, todas as decisões importantes”, relembrou.
 
Sobre sua expectativa para os próximos anos, professora Edy diz esperar que o IB continue melhorando cada vez mais e que possa ser destaque nacional e internacional por sua atuação nos meios acadêmico e científico. “Chegamos, hoje, ao ponto que deveríamos chegar. Felizmente, temos uma turma animada, uma Direção boa. Está formidável”, disse.
 
Resgate Histórico - A atual Diretoria do IB, com o objetivo de proporcionar um resgate histórico das memórias da Instituição, criou uma comissão que realizará um amplo trabalho de pesquisa. As atividades serão coordenadas pelo professor Gilson Volpato. “Contar a história partindo de histórias já escritas é muito mais fácil, pois já temos um panorama do que foi publicado. Vamos aproveitar esse material e acrescentar dados. Uma das perspectivas é que essa história sirva como base para os jovens que ingressarem na universidade. Muita gente fica copiando o passado, sem entender o que aconteceu lá atrás. Recuperar a história é muito importante. Queremos retratar o que o IB tem feito para o Brasil e para o mundo”, explicou professor Volpato, informando que será produzida uma obra histórica nas versões impressa e digital, publicadas tanto na língua portuguesa quanto em inglês.
 
Para o diretor do IB/Unesp, professor Cesar Martins, após 53 anos de atividades acadêmicas foi construída uma bela história que precisa ser registrada. “É neste contexto que nossa história precisa ser contada, recontada, registrada e revivida. Foi uma grata satisfação ver hoje no nosso “Café com história” a nossa história se reinventando, colocando lado a lado a nossa comunidade atual de estudantes, servidores técnico-administrativos e docentes, com um pouco da nossa história, representada pelos nossos ex-alunos, ex-técnico-administrativos e ex-docentes”, declarou.
 
Sobre o IB/Unesp
 
O IB teve sua origem na então Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas (FCMBB), Instituto Isolado de Ensino Superior do Estado de São Paulo, criado pela Lei Estadual nº 6860, de 22 de julho de 1962. Em 1976, instituiu-se, por meio da Lei Estadual nº 952, de 30 de janeiro, a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), que agregava os antigos Institutos Isolados de Ensino Superior do Estado de São Paulo.
 
 A partir de então, desmembrou-se a FCMBB em quatro unidades, que passaram a compor o quadro de unidades universitárias da Unesp, entre elas o Instituto Básico de Biologia Médica e Agrícola (IBBMA), que a partir de 20 de outubro de 1987 passou a denominar-se Instituto de Biociências de Botucatu.
 
Atualmente, o Instituto de Biociências oferece os cursos de Ciências Biológicas, Ciências Biomédicas, Física Médica e Nutrição. Para atender os seus 1.050 alunos de graduação e 450 alunos de pós-graduação, conta com 13 Departamentos de ensino: Anatomia, Bioestatística, Botânica, Educação, Farmacologia, Física e Biofísica, Fisiologia, Genética, Microbiologia e Imunologia, Morfologia, Parasitologia, Química e Bioquímica e Zoologia. Além dos departamentos, integram o IBB três Unidades Auxiliares: Centro de Assistência Toxicológica – Ceatox, Centro de Microscopia Eletrônica - CME e Centro de Isótopos Estáveis – CIE e um Jardim Botânico.
 
 
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