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05/11/2015
(3 Mulheres e Alzira) ou
(4 Mulheres e os Ratos)


Nelli recebe espetáculo que aborda violência contra mulher

Neste domingo (8), às 19 horas, estreia no Cine Teatro Nelli a nova montagem dos Notívagos Burlescos: (3 Mulheres e Alzira) ou (4 Mulheres e os Ratos). O espetáculo conta com apoio da Prefeitura de Botucatu por meio da Secretaria de Cultura e Criativa FM. A peça terá outras duas apresentações: nos dias 11 e 13 de novembro, às 20 horas. Os ingressos custam R$ 8. 
 
(3 MULHERES E ALZIRA) OU (4 MULHERES E OS RATOS)
 
A peça se passa na sala de Alzira, uma funcionária pública aposentada, única moradora que se recusa assinar uma autorização para que todo o prédio seja dedetizado. Em um ato impulsivo Alzira se tranca dentro de seu apartamento com Juréia, sua recém-contratada ajudante do lar, Esmeralda, uma intrometida vizinha, e Norma, uma dedetizadora capaz de farejar camundongos e ratos camaleões à distância. 
 
Trancadas ali dentro, as quatro mulheres enfrentam os mistérios que rondam o edifício e os estranhos ruídos que ecoam pelos corredores. A peça procura através de elementos do Teatro do Absurdo, um gênero que busca expressar o sentido do sem sentido da condição humana, tratar de um tema que vem sendo alvo de muitos debates atualmente: a violência contra a mulher.
 
A trajetória da criação do espetáculo tem início em 2013, na Oficina de Iniciação Teatral do Ponto de Cultura Espaço dos Notívagos. “Os participantes da oficina estavam interessados em apresentar uma cena cômica no encerramento das oficinas. Eu topei o convite para ajuda-los e propus de nos inspirarmos na personagem de uma peça que eu tinha acabado de ler, “O Cão Siamês ou Alzira Power” do Antônio Bivar.”, conta Marcelo Magalhães, que interpreta Alzira na peça. 
 
“A ideia inicial era uma confusão num apartamento, onde a Alzira ia recebendo todo mundo que chegava. Muita gente gostou da cena e no ano seguinte, em uma outra apresentação de conclusão de oficinas, criamos uma nova cena com a Alzira e novos visitantes.”, completa Amanda Angelo, atriz responsável pelo papel de Esmeralda. Em 2015 Amanda e Marcelo, únicos remanescentes das duas cenas iniciais, se reuniram com Bárbara Heiras e Daniela Tancler para desta vez criar uma peça.
 
“O processo foi colaborativo, com discussões, leituras e muitos desabafos de coisas que vimos, que aconteceram perto de nós ou conosco mesmo.”, revela Bárbara, que na peça interpreta Juréia. Em julho o grupo apresentou o primeiro ato no “Conexões Cênicas”, mostra de compartilhamento de processos criativos organizada pelo Notívagos Burlescos com grupos de teatro da região. Após a apresentação foi realizado um debate, onde impressões e apontamentos dos espectadores foram ouvidas e discutidas pelo grupo para a conclusão da montagem da peça.
 
“Acredito ser importante abordar no teatro a violência contra a mulher, possibilitando a reflexão ao mostrar personagens que nada fazem, arrumam desculpas e iludem-se achando que o problema não existe.” Afirma Daniela, que interpreta Norma. “O teatro é sobre contar estórias, sejam imaginárias ou reais. A estória da violência contra a mulher em todas as suas esferas e da violência nas relações humanas deve ser contada. Ela precisa ser digerida, mastigada e revista até o dia em que ela se torne apenas uma estória que não existe mais.”, completa Bárbara.
 
Assessoria (PMB)



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