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30/12/2015
O uso de repelentes pode ajudar a evitar contaminação pela dengue e zika vírus


O dermatologista Hélio Miot 
 
Existem diversas opções do produto no mercado, mas nem todas têm eficácia contra o Aedes aegypti
 
Segundo dados atualizados do Ministério da Saúde (MS), em 2015 foram relatados 2.975 casos suspeitos de microcefalia em recém-nascidos no país. O maior número de casos foi registrado em Pernambuco (1.153), ou seja, 38,76% dos casos. Em seguida, estão os estados da Paraíba (476), Bahia (271), Rio Grande do Norte (154), Sergipe (146), Ceará (134), Alagoas (129), Maranhão (94) e Piauí (51).
 
Esses casos estão relacionados a um velho vilão da saúde brasileira: o Aedes aegypti. Segundo o MS, além de transmitir a dengue, doença que só esse ano fez 1.587.080 de vítimas, sendo que foram confirmados 1.529 casos de dengue hemorrágica, ele também transmite o vírus Zika, que atualmente é relacionado ao número expressivo de casos de microcefalia e a febre chikungunya. 
 
Segundo o dermatologista e chefe do ambulatório de Colagenoses do Departamento de Dermatologia e Radioterapia da Faculdade de Medicina de Botucatu Unesp, Hélio Miot, os repelentes ajudam na prevenção dessas doenças, porém é preciso atentar para o tipo específico de repelente para afastar o Aedes aegypti. "Os repelentes ajudam, sim, a nos proteger da picada, pois desorientam os mosquitos-fêmea que procuram os mamíferos para sugar o sangue, orientados por odores do corpo", explica.
 
Miot aproveita para elucidar que existem alguns cuidados a serem tomados antes de comprar os repelentes. "Repelentes industriais não são recomendados para crianças abaixo dos 2 meses de idade. Existem, ainda, alguns produtos que são indicados apenas para pessoas acima dos 2 anos, e repelentes à base de DEET não devem ser utilizados em pessoas com pele sensível. O ideal é que as pessoas leiam o rótulo atentamente para verificar quais são as indicações de uso", salienta.
 
Ele também explica que os repelentes mais seguros para uso das grávidas são os que contém o princípio ativo Icaridina. Segundo o MS, as gestantes cujos bebês desenvolveram a microcefalia tiveram sintomas do vírus Zika no primeiro trimestre da gravidez. Mas o cuidado para não entrar em contato com o mosquito Aedes aegypti é para todo o período da gestação. Já as pessoas que não estão grávidas podem usar repelentes com outros princípios ativos, como DEET e o IR3535.
 
O médico alerta que, apesar de não existir nenhum caso de microcefalia relacionado com o vírus Zika na região de Botucatu, sempre existe a possibilidade de contaminação, pois pode haver a migração e, assim, a contaminação dos mosquitos. Ele ainda salienta que a prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é a destruição dos focos de criadouro e o uso de repelentes. 
 
Para eliminar os criadouros do mosquito, é preciso descartar corretamente latas e garrafas, limpar calhas entupidas, não deixar caixas d’água destampadas, pneus e vasos de plantas. É preciso guardar corretamente ou descartar todo e qualquer recipiente que possa acumular água, pois as larvas são depositadas pela fêmea do Aedes aegypti em ambientes com água parada.
 
Assessoria/ 4toques comunicação



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