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06/07/2016
Mapa da geodiversidade para Botucatu. Por Berenice Balsalobre


Os debates que acompanharam a proposta de um novo macrozoneamento, desde o encaminhamento dos Projetos de Lei pelo Prefeito até sua retirada da Câmara Municipal, devem ser avaliados com cuidado e sem paixão. Foi visível a sensibilidade  do Chefe do Executivo frente ao pedido manifestado por muitos setores no sentido de contextualizar este novo traçado da cidade dentro de futura discussão do Plano Diretor.

Nos debates sobre as mudanças de zoneamento, a necessidade de uma nova Carta Geográfica da cidade ficou evidente. Os mapas apresentados pelo Executivo geravam dúvidas sobre os locais e seus limites, nas alterações propostas.. O município necessita de Cartas Georeferenciadas para caminhar seu desenvolvimento em bases solidadas e não gerar confusão fundiária. O recurso disponibilizado hoje pelo avanço tecnológico possibilita mapear a Lua e Marte. Lei Federal esta impondo o georeferenciamento das áreas rurais do pais. Nossa cidade precisa caminhar para esta renovação das Cartas.    .

Neste sentido, o Mapa da  Geodiversidade nos aproximaria do que existe de mais moderno em termos de planejamento e conhecimento do espaço físico de nossa cidade.. O estudo da Geodiversidade, que depois se transformará  em mapa, é uma radiografia do espaço físico, com a  área urbana e rural. É  neste espaço do território municipal que a Vida floresce e se sustenta, onde os cidadãos, os animais e os vegetais buscam o seu suporte. O Mapa da Geodiversidade esta voltado para o planejamento da cidade a partir das características das áreas geográficas.

Geodiversidade  é assim definida pelo CPRM- Serviços Geológicos do Brasil ; “ Estudo da natureza abiótica (meio físico) constituída por uma variedade de ambientes,composições, fenômenos e processos geológicos, que dão origem `as paisagens, rochas, minerais, água, fósseis, solos, clima e outros depósitos superficiais, que propiciam o desenvolvimento da vida na Terra, tendo como valores a cultura, o estético, o econômico,o científico, o educativo e o turismo”.

Portanto, uma Carta de Geodiversidade, nos levaria a identificar as aptidões e restrições do uso do meio físico das áreas da cidade  e os impactos advindos do uso inadequado.Um diagnóstico deste porte possibilitaria um debate pacifico sobre as alterações ao Plano Diretor, se este acontecer no ano próximo, pois as bases físicas e as aptidões para o seu uso estariam anteriormente mapeadas. O princípio da Prevenção Ambiental deve ser uma ”lei sagrada” para o planejamento urbano e para a segurança dos cidadãos. Lamentavelmente este princípio é atropelado muitas vezes pela especulação imobiliária casada com alguma pressa do Executivo. E reafirmo que o Jatobás é um caso exemplar para não ser repetido.

No Jatobás a erosão aumenta aceleradamente e se aprofundará até encontrar uma camada sólida, o basalto, quando então, correrá para as laterais e poderá chegar até o próprio Loteamento. Problemas  grave de ser resolvido a exigir recursos públicos, além dos recursos da Construtora Pacaembu.

Podemos fazer diferente, para aprender com os erros, e o Mapa da Geodiversidade é um mapeamento do espaço territorial e seus atributos, para sustentar atividades em uma relação virtuosa entre o meio biótico, as sociedades humanas e o meio físico.

 

Berenice  Balsalobre é advogada e ambientalista.

 




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