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OPINIÃO
26/04/2017
FIESP defende a Meritocracia.
Oba, também quero. Não como a deles


Foto – sociologianoensinopublico.blogspot.com.br

Por João Fernando

Em anúncio de página inteira, nos jornalões desta quarta-feira (26), a propósito de defender o fim do Imposto Sindical, a FIESP expõe o subconsciente da classe empresarial brasileira, ao expor publicamente a defesa da meritocracia.

O anúncio vem assinado pelo senhor Paulo Skaf, presidente da FIESP, que usa e abusa das propagandas corporativistas patrocinadas pelo sistema “S”, e que, ultimamente, está atolado até o pescoço nas delações da operação Lava Jato.

O anúncio da FIESP, nos jornalões, vem escrito sobre um fundo amarelo, da mesma cor do pato, feito de carro alegórico pelo MBL (Movimento Boca Livre), nas manifestações na mais Paulista das avenidas. O bicho murchou e quem pagou o pato foi o povo brasileiro, governados por um bando de políticos denunciados em falcatruas. O presidente rejeitado por 90% dos entrevistados, segundo pesquisas IPSOS. Apenas 4% aprovam o governo Treme, segundo o jornalista Paulo Henrique Amorim, do site Conversa Afiada: “A Globo, o Moro, o FHC, Brasif e a FIE P são esses 4%...”.

Sem entrar no mérito da discussão sobre o fim do Imposto Sindical, mas também quero deixar algumas considerações sobre o assunto.

É evidente que a FIESP se traveste de cordeiro, quando na verdade são uns lobos famintos. Fica claro que a intenção dos empresários é enfraquecer os sindicatos, no embalo das políticas do presidente ilegítimo, Temer, também conhecido como Satânico, segundo o publicitário João Santana.

Afirmar que, empregados e patrões, podem negociar em condições de igualdade é o mesmo que colocar o veado para negociar com o Leão.

Trabalhei numa empresa, que quando tinha reunião dos funcionários do departamento, o chefe atirava sobre a mesa uma pilha de Fichas de Solicitação de Empregos e dizia: “Tem um montão de gente querendo trabalhar, se alguém não estiver contente, a porta da rua é a serventia da casa”.

Imagine, com 12 milhões de desempregados, como seria a negociação entre empregados e patrões? Seriamos veados a serem devorados pelos leões.

Mas, o mais inacreditável do anúncio da FIESP ainda estaria por vir. Na sequência do comunicado... A hora é de meritocracia. A Fiesp...

As pessoas que nunca sentiram na pele as necessidades por que passa a grande maioria da população falam em igualdade, como se o filho de um trabalhador da roça, um trabalhador da periferia tivesse as mesmas condições de informação que outros que tem acesso às melhores escolas, internet e etc. Muitos desses filhos de trabalhadores, das periferias das cidades, têm que trabalhar para ajudar no orçamento familiar. Muitos perdem a própria infância.

Eis a definição de Meritocracia: predomínio numa sociedade, organização, grupo, ocupação etc. daqueles que têm mais méritos (os mais trabalhadores, mais dedicados, mais bem dotados intelectualmente etc.).

Penso que, para alcançarmos essa tal meritocracia, passa pelo aprofundamento do socialismo; isto é, socializar o acesso à informação, às melhores escolas, a melhores salários, a melhores condições de vida, para todos.

Se assim for FIESP, conte com meu apoio.

Mas, porém, contudo, todavia, pelo que a gente conhece dos “lobos em pele de cordeiro”, o que eles defendem mesmo é a Plutocracia. Pronto falei.

Eis a definição de Plutocracia: O exercício do poder ou do governo pelas classes mais abastadas da sociedade.

Não me engana, que eu não gosto.

Crédito das charges:

1 – horizonmonaira.blogspot.com.br    

2 – rascunhosgerais.com.br

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