PT convoca a militância para o debate

 

Próximo módulo da Oficina de Planejamento Estratégico do PT é discutir sobre candidatura própria ou coligação, para as eleições municipais de 2016.

 

O evento acontece dia 2 de fevereiro, uma terça-feira, a partir das 19 horas, no Espaço de Eventos da Escola NOIA.

 

O PT entra em campo. E o jogo é de campeonato.

 

Paralelamente aos ataques contra o PT na esfera nacional, o partido, em Botucatu, tem outra crise para administrar junto às suas bases e os reflexos para o “chão de fábrica”. Muitos deixaram o partido na cidade, por motivos que vão da desinformação até o fisiologismo. 

 

O PT errou ao abrir suas portas para pessoas que não tinham compromisso com o ideário do partido. Pensou eleitoralmente.

 

Mas a grande surpresa veio do ex-prefeito Mário Ielo, que alcançou visibilidade política através dos petistas e de sua militância.

 

Alegando falta de apoio do PT para sua candidatura e, após consulta a setores da sociedade, houve por bem trocar de camisa.

 

Essa atitude do ex-prefeito arranhou os corações de muitos petistas. Ielo teria fugido do pau? Agora sem a obrigação de defender o governo Dilma e o PT?

Foi uma atitude eleitoral? 

 

Seja lá o que for o pré-candidato, agora no PDT, jogou areia nas suas relações com os petistas, que pouco a pouco vão recuperando a autoestima à medida que o partido, com suas ações em nível nacional, vem resgatando a bandeira da ética.

 

O episódio envolvendo o presidente da Câmara Federal é o maior exemplo disso. Mesmo sabendo que votar contra aquele crápula seria dar “carniça para os urubus”, o PT ouviu suas bases e optou por dar prosseguimento ao processo contra o senhor Cunha. Deixando de ser refém ou moeda de troca das manobras do presidente da Câmara.

 

No momento em que o partido começa a discutir o seu projeto para as eleições de 2016, Ielo até agora não sinalizou ao PT a disposição de compor uma aliança para as próximas eleições. Pelo menos não oficialmente.

 

Em recentes declarações, o ex-presidente do PT de Botucatu, Osmar de Carvalho Bueno, que defende uma composição com forças de esquerda, afirmou: "A posição de não ter candidatura própria não significa automaticamente pleitear a vice na chapa do ex-prefeito Ielo, ou seja, fazer disso uma aliança meramente eleitoral. A ideia é discutir alianças com partidos mais à esquerda, talvez até com o próprio PDT, mas isso se veria depois. Primeiro temos que ver o que o PDT quer para o Brasil e Botucatu”; Eu acrescentaria: o que o PDT quer com o PT em Botucatu.

 

O PT tem algumas arestas para aparar.

O caso de maior repercussão, ainda que à boca pequena, diz respeito à vereadora Rose Ielo, esposa do ex-prefeito.

 

Entrevistada no programa Bom Dia Criativa, a vereadora Rose afirmou que o seu candidato às próximas eleições é o seu marido, que será candidato pelo PDT.

Aí, então, cabe a pergunta: Rose vai estar no PT? Se estiver e o PT lançar candidatura própria como fica sua posição? Ou seria a certeza de que o PT vai se coligar com o PDT?

 

Muitos apostam que a vereadora deverá sair do PT, aguardando tão somente a abertura da chamada Janela Eleitoral, que permite a transferência de políticos para outro partido sem a perda do mandato.

 

Resta também a manifestação do vereador Carlos Trigo. Alguns petistas entendem que o vereador aguarda os encaminhamentos do partido para então se posicionar.

 

Esses questionamentos são pertinentes porque cresce entre os petistas o desejo por candidatura própria para as próximas eleições.

 

São com esses ingredientes que o módulo da oficina de 2 de fevereiro ganha expectativa e promete agitar o universo petista de Botucatu.

 

João Fernando (debotuca)